quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Metodologia de Pesquisa

Ação da pesquisa em Educação Especial

Hoje a pesquisa tem se constituído em um procedimento e necessário que objetiva satisfazer as necessidades humanas. Entretanto a pesquisa no âmbito do especialista em Educação Especial diferencia-se das demais, implica a investigação da prática educativa e ação pedagógica – refletir, analisar, avaliar e descobrir.
De acordo com as palavras de Hirtz (apud, Bôer) a ação de pesquisar requer ouvir o outro e o contexto social, ouvir as situações presentes no cotidiano. Então a ação da pesquisa para nós educadores exige que tenhamos conhecimentos e voltemos nosso olhar para a realidade e a prática educativa.
A todo instante nos deparamos com dificuldades em sala de aula, ora dificuldades de aprendizagem, ora indisciplina e tantas outras deficiências, particularmente entendo que cada educando, por ser único apresentam diferentes anseios, aquilo que é interessante para uns, não o é para outros. Assim procuro estabelecer um olhar questionando as práticas educativas desenvolvidas. Quando por exemplo planejo as atividades e desenvolvo-as em sala de aula, diante dos resultados obtidos busco questionar o porquê das diferentes construções de cada um. Procuro compreender os fatores que os levam a agir desta ou daquela maneira.
As verdades existentes no contexto educativo às vezes me incomodam. No decorrer do ano, temos uma lista de conteúdos a serem trabalhados, nem sempre o tempo permite que cheguem ao final, pois dada à existência de dificuldades de compreensão procuro soluções a partir de outras estratégias. A escola desenvolve intervenções pedagógicas para auxiliar os alunos com dificuldades e necessidades especiais, porém nem sempre conseguem atingir os objetivos.
Nós professores seremos eternos pesquisadores, pois nosso trabalho exige que continuemos refletindo e buscando aperfeiçoamento, até porque a sociedade encontra se em constante evolução e o profissional da educação necessita atentar para as mudanças. Diante do exposto me pergunto: __ Será que as escolas inclusivas estão adotando os pontos básicos como o currículo, adaptação curricular, metodologia e avaliação para a diversidade?
Como educadora, busco reflexões a cerca das práticas pedagógicas desenvolvidas, pesquisando informações pela internet, revistas, reportagens dentre outros, inclusive me aperfeiçoando através do curso de Pós-graduação.
Referência:
BÔER, Leandra Possa. Metodologia da Pesquisa. http://cead.ufsm.br/início

domingo, 9 de novembro de 2008

Tecnologias da informação e Educação Especial

Contribuição dos recursos tecnológicos na Educação Especial
Os recursos tecnológicos, atualmente vêm sendo utilizados em grande escala e o computador constitui se em uma ferramenta de auxílio na aprendizagem de muitas pessoas com necessidades educacionais especiais. Os atrativos oferecidos pelo computador muito tem contribuído para o desenvolvimento de experiências e observações. Essa ferramenta se bem utilizada poderá trazer resultados consideráveis, pois tem grande potencial inclusivo, que além de facilitar, motivar e interagir possibilita a sistematização das informações de maneira criativa, eficiente e inovadora. Facilita ainda a acessibilidade e a comunicação através da internet.
De acordo com Dr. Jorge Márcio Pereira de Andrade “No campo da Educação Especial, quando falamos de inovações estamos apenas apontando o que de ferramentas visíveis estão em uso junto ao educando com necessidades especiais” [ 1]. Sabemos que existem outros métodos de transmissão do conhecimento que nunca serão deixados de lado, porém para muitas pessoas os antigos inventos não possuem o aparato que a tecnologia de ponta poderá auxiliar. Então a introdução do computador e ou da tecnologia da informação para a educação especial tornou se necessária.
Independente do tipo ou grau de deficiência todos os alunos podem beneficiar, aprender e ter uma convivência educacional como qualquer outra pessoa. Todo equipamento deverá estar adaptado de acordo com as necessidades de cada um, não podendo haver obstáculos que impeçam os de utilizá-los, por exemplo, a mesa do computador terá que possibilitar o encaixe da cadeira de rodas.
A importância da tecnologia tornou se essencial contribuindo no ensino e aprendizagem, na educação especial torna se mais importante ainda tendo em vista que muitos portadores de deficiência dependem da tecnologia para realizar seus trabalhos.
Percebemos na mídia a ênfase que é dada à tecnologia, mas para que ela possa ser realmente benéfica nas aprendizagens é preciso que os profissionais estejam preparados para facilitar o trabalho dos alunos, pois diante da infinidade de software o educador deverá analisar a relevância de cada um, e principalmente se permite modificações para atender as necessidades individuais dos alunos.
Entretanto a tecnologia constitui se em uma grande aliada à educação especial, que se utilizada adequadamente poderá diminuir a exclusão.

Referências
Pavão Silux, Ana Paula. Introdução a Informática Educativa. Educação Especial. 40p. Apostila.
[1] DEFNET. Disponível em: . Acesso em: 8 de novembro de 2008.

Mapa Conceitual - Políticas Públicas

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Construção do Projeto Político Pedagógico da escola numa perspectiva inclusiva




O Projeto Político Pedagógico de uma escola pressupõe a existência de uma proposta definida pela própria instituição. Constitui-se de uma ferramenta indispensável para o processo de inclusão educacional que deverá assegurar recursos e serviços educacionais especiais. Segundo a Revista Amae Educando, para a elaboração do projeto político-pedagógico faz se necessário ter clareza do se quer realizar na escola, porque este fazer será pautado em determinadas concepções de educação, de realidade sócio cultural, e de cidadania. Deverá ainda ser adequado a realidade da escola, possibilitando flexibilidade e atualização de acordo com os acontecimento não previstos. Por exemplo, se a escola, receber em sua clientela alunos surdos e cegos e ainda não constar de recursos em seus projetos deverá este então sofrer alterações.È na construção da proposta pedagógica que a escola assume o compromisso com a educação de qualidade “para todos”. Busca-se aqui a política de inclusão, já que a escola tem a obrigação, por lei de atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, então faz se necessário desenvolver ótimas políticas públicas que objetivem a inclusão. Sabendo que nas modalidades de atendimento educacional, de acordo com a Política Nacional de Educação Especial são alternativas de procedimentos didáticos específicos e adequados as necessidades educacionais dos alunos que implicam espaços físicos, recursos humanos e diferentes tipos de materiais.
Com as transformações sociais pressupõe se que a escola é quem deverá ajustar para atender a diversidade de alunos, cabendo acontecer mudanças na escola, na família e na sociedade.
Para Gutièrrez & Catani a efetivação da gestão escolar acontece através da utilização de métodos verdadeiramente democráticos com a participação de toda comunidade escolar. Nos pressupostas de gestão democrática deve se ter em mente que o projeto político-pedagógico da escola só transforma a realidade da escola a partir da competência e compromisso desde o ato da elaboração e execução. Ao propor medidas devem-se identificar as causas dos problemas, definir as equipes didático-pedagógicas, estabelecer datas e horários para reuniões pedagógicas sobre o ensino, troca de experiências, articulação para atender as dificuldades de ensino e aprendizagem; acompanhar também o desempenho da administração e da organização escolar para corrigir possíveis falhas.
Não adianta elaborar propostas de ensino, especialmente para a educação especial e logo após deixar que fiquem engavetados, só no papel. Todos os envolvidos precisam entender a real importância do projeto-político pedagógico da escola.
Ao analisar o contexto das políticas públicas educacionais na perspectiva neoliberal, vê se que esta não dá liberdade e autonomia satisfatória para o cidadão construir políticas que atendam suas reais necessidades. Assim o currículo nacional estaria ligado a uma perspectiva neoliberal, que de acordo com Moreira, a expressão currículo nacional é usada para indicar os padrões a serem atingidos nacionalmente, as estruturas básicas das disciplinas, assim como o conjunto formado por metas, padrões, processo instrucional e avaliação.
A falta de autonomia oriunda da ideologia neoliberal aparece claramente no formato do Projeto Político Pedagógico, visto que as idéias do grupo devem estar concernentes aos princípios legais e normativos superiores, como a Lei de Diretrizes Bases da Educação Nacional, Estatuto da Criança e do Adolescente e Resolução dos Conselhos de Educação. Em contrapartida a proposta de educação especial na educação básica prevê um conjunto de flexibilizações e adaptações curriculares, podendo os conteúdos ser reduzidos, diferenciados, baseando se nas condições dos indivíduos, na tentativa de atender a diversidade.
Entretanto a partir das considerações é importante destacar que a política de educação especial numa perspectiva inclusiva busca sua concretização através da garantia ao acesso universal a escolaridade básica, procurando satisfazer as necessidades de aprendizagem para todos os alunos em consonância com o atendimento especializado. Nessa busca procura se promover a democracia, porém às vezes no reconhecimento da diferença, nos princípios de dignidade humana e promoção da cidadania, percebe-se a marca da desigualdade que termina promovendo a exclusão.
Cabe salientar que o processo de inclusão só se dará quando houver conscientização por parte da sociedade, ações que favoreçam a interação social com práticas pedagógicas heterogêneas advindas do projeto político-pedagógico da escola, que contemplem as necessidades educacionais de cada aluno, um ensino de qualidade.

Rubem Alves


Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data.Toda saudade é uma espécie de velhice...Não é que faltem lembranças.Estão espalhadas em toda a minha substância.Meu corpo foi-se tornando um cemitério de tempo,parece um desses bosques sagrados onde enterramos nossos mortos.A saudade mistura tudo. A saudade não conhece o tempo.Não se sabe o que é antes nem depois.Tudo é presente.(Rubem Alves)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008


Resenha



MAGALHÃES, Rita de Cássia Barbosa Paiva-UECE & DIAS, Ana Maria Iório-UFC. Identidade e Estigma no Contexto da Escola Inclusiva: uma leitura a partir de Erving Goffman. GT: Educação Especial/n. 15. Agência Financiadora: FUNCAP-CE

O texto ora resenhado compõe se de um estudo de caso (escola Pública do Ceará), realizado pelas pesquisadoras Rita de Cássia e Ana Maria Iório. A pesquisa realizada por elas teve como embasamento teórico Erving Goffman sociólogo e escritor norte americano.
O texto trata da descrição da dimensão social da identidade relacionada ao estigma no contexto escolar. Goffman entende a identidade como produto social onde as diferenças individuais estão na construção de sua história tornando o papel do outro fundamental na construção da identidade. As pesquisadoras também apresentam os conceitos de Ciampa (1986), que segundo ele ao nascer um indivíduo este é tratado como filho ou filha e desempenha papéis sociais que mantêm padrões de conduta esperados pelo grupo social e que ao fugir destes padrões poderá sofrer sanções. Para o autor a identidade é uma metamorfose.
Com relação aos conceitos de identidade pessoal, social e do eu Goffman desenvolve na perspectiva da identidade estigmatizada e sua relação com a diferença. Explica que a diferença é o significado cultural ou a forma como o comportamento é interpretado devendo procurar compreensão da diferença nos ditos normais. Para ele na construção da identidade o estigmatizado aprende e incorpora atitudes dos normais, por outro lado existe o indivíduo estigmatizado que se define como não diferente, o que contradiz sua identidade. Assim o estigmatizado lida com o problema, ou é estimulado a lidar com a aceitação fantasma.
Portanto ao comparar a prática (do aluno especial e incluído) com a teoria as pesquisadoras concluem que o estigma funciona como uma camisa de força, para quem estigmatiza e pior ainda para quem é estigmatizada. Neste processo de construção de identidade coexistem a fuga e a aceitação de rótulos. Quando os alunos fogem dos modelos predeterminados de aprendizagem a escola exige outras formas de intervenção, onde o aluno entra em um jogo. Considera que antes de mais nada é preciso compreender a prática da educação inclusiva, e para tanto sugere a contribuição das pesquisas de Goffman.
As pesquisadoras apresentaram a pesquisa com estilo claro tendo como base teórica o sociólogo Goffman o qual apresenta sólidos conhecimentos sobre identidade e estigma. Também através do estudo de caso, a história do aluno leva o leitor à compreensão da presença de estigmatização/rotulação no processo de ensino que ocorre em muitas escolas.
Em suma, o texto pode ser bastante útil a todos que tenham interesse em saber e refletir sobre as práticas de educação, especialmente a inclusiva.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Expectativas



Através deste curso tivemos oportunidade de conhecer e utilizar alguns recursos tecnológicos. Espero que os desafios encontrados possam desencadear momentos de reflexão acerca das metodologias as quais envolvem a tecnologia, como também buscar novos conhecimentos.O que importa é o interesse na busca de novos conhecimentos.